7 de set. de 2014

Review - Phoenix Wright: Ace Attorney - Dual Destinies

Olá pessoal! Sim, eu sei... O Blog está parado, mas é porque o rio das ideias estão meio secas... E como os posts de preferência de Pokémon não renderam muitas views (Até entendo o porque...), não tinha como eu ir arrastando algum conteúdo a cada semana.

Mas aqui estou eu com mais uma Review. Sim, isso mesmo que você leu no título, sem Mega Man ou Pokémon como foco principal do post. Desta vez vamos falar sobre o mais novo jogo da série Ace Attorney.

Pois é um dos jogos que eu adoro e provavelmente a única visual novel que eu vou com a cara (Afinal, talvez seja a unica que não faz abuso de conteúdos sexuais para atrair publico...).

Bom, vamos iniciar isso de uma vez...


Avisando que essa Review contem Spoilers, só leia se estiver de acordo com isso.

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Phoenix Wright: Ace Attorney - Dual Destinies foi uma ótima surpresa para o 3DS, sendo bem inesperada por aqueles que achavam que a parte principal da franquia teria acabado em Apollo Justice.




O jogo continua com o velho sistema que encontrávamos nos outros quatro jogos, mas agora com os cenários e os personagens em 3D. E deu certo! Quem diria?

Talvez aqueles que esperavam que um novo jogo do famoso advogado seguisse o estilo dos jogos de Miles Edgeworth, podendo controlar o personagem pelos cenário, acabem se decepcionando por isso não ter acontecido. Mas eu fico aliviado por continuarmos com o estilo antigo, visto que acho muito importante prosseguirmos a parte da investigação no ponto de vista do advogado.

Aqui não temos apenas Phoenix Wright ou Apollo Justice, mas a nova personagem: Athena Cykes, que por bem ou por mal, é praticamente o foco principal do jogo.


Aqui fica interessante... Cada advogado tem sua habilidade especial para ser usada tanto na investigação quanto no tribunal.

Phoenix continua o velho Magatama, capaz de quebrar Psyche-Locks daqueles que escondem algo. E sim, nesse jogo os Psyche-Locks negros retornam e... pasmem! Serão quebrados!


Apollo Justice continua com seu bracelete capaz de descobrir as atitudes sutis de tensão daqueles que estão mentindo sobre alguma coisa.


Mas a novidade se encontra em Athena Cykes e sua capacidade sentir a emoção interna das pessoas e com isso ela traz o sistema Mood Matrix, capaz de mostrar a emoção de uma pessoa enquanto ela da seu testemunho.


Os personagens do jogo continuam bizarros e engraçados como de costume, sempre dando aquela ótima sensação de querer conhecer e conversar com o elenco dessa grande franquia. Afinal, todos eles transbordam carisma para todo lado.

E já que estamos falando de personagens, não podemos nos esquecer do Promotor da vez... Neste jogo, nosso adversário é Simon Blackquill. Uma pessoa fria e calculista que gosta de pagar uma de samurai. Mas esse rapaz é osso duro de roer, visto que ele impede que os advogados usem seus "recursos" no tribunal, como acontece diversas vezes com Apollo que não pode usar seu bracelete.

Blackquill tem um papel muito similar ao de Edgeworth e Godot, sendo ele, alguém com uma grande ligação com o ultimo caso do jogo.


As músicas do jogo estão ótimas como de costume, nesse jogo temos 3 Objections!, um para cada advogado. Só é meio estranho que, com essa volta de Phoenix, seu Objection! não seja um remix do primeiro jogo e sim do terceiro (Trials and Tribulations)... Talvez isso aconteça porque o tema no crossover "Professor Layton vs. Ace Attorney", que saiu no ano anterior no Japão, já tenha sido um remix do primeiro Objection!

Mas o jogo não é perfeito... Na realidade não chega nem perto do que muita gente esperava dele na época de hype quando foi anunciado.

Começamos por algo bem importante... A proposta do jogo é ser a "Volta triunfal de Phoenix Wright". Proposta essa que falhou muito feio... Justamente por causa da nova personagem Athena Cykes.

Para uma volta triunfal, Phoenix é um personagem extremamente ausente no jogo... Na realidade sua participação é só um pouco maior que a dele em Apollo Justice. Dando uma de mentor por trás das cortinas enquanto fica vendo o desempenho de Apollo e Athena.


Você começa o jogo controlando Athena Cykes, mas em pouco tempo no primeiro caso, podemos jogar com Phoenix, mas para por ai por enquanto... Todo o resto do "meio" do jogo, temos que jogar com Apollo e Athena... Dando uma sensação de que jogamos mais com eles do que com o próprio Phoenix Wright.

Phoenix só retornaria no penúltimo caso... Que é curtíssimo. E continuaria até o fim do ultimo caso.

A sensação que da é que o jogo em si, é do Apollo e da Athena, e que Phoenix é somente o Megazord/Capitão Planeta que aparece na ultima hora pra dar o "ataque final".


Então eu não diria que é uma volta triunfal... Mas sim somente uma "volta".

O que muita gente esperava dessa volta de Phoenix, era o retorno também de todos que ficaram ausente em Apollo Justice e uma possível interação com suas "contraparte" de Apollo Justice... Mas isso infelizmente não aconteceu:

Diversas funções interativas nas investigações e no tribunal que havia no caso extra do primeiro Ace Attorney de DS e em Apollo Justice, estão ausentes no jogo. Nota-se isso quando conseguimos as digitais em um dos casos, mas não podemos usar a função de assoprar o pó.

Uma outra coisa que Athena compromete, é o papel de Maya e Trucy. Esta primeira sequer aparece no jogo, sendo somente mencionada. Já Trucy é deixada de lado como acompanhante de Apollo logo no começo do segundo caso, dando lugar a Athena.


Simon também faz algo parecido, comprometendo o papel de Edgeworth e Klavier.

Edgeworth finalmente retorna após sua total ausência em Apollo Justice, mas ele é promotor apenas na metade do último caso, dando lugar a Simon mais tarde.


Já Klavier sequer chega a ser promotor de um caso, apenas fazendo uma aparição na terceira parte do jogo. E se você esperava uma interação entre Klavier e Edgeworth, pode esquecer, esses dois sequer se encontram.


Franziska Von Karma sequer da qualquer sinal de vida o jogo todo.

Dick Gumshoe está ausente pela segunda vez na franquia (Apesar de que ele aparece no Flashback de Apollo Justice), dando lugar ao detetive Bobby Fulbright, que tem a função de ficar de olho em Simon Blackquill.


Assim como Franziska, Ema Skye também não da qualquer sinal de vida em todo o jogo.

Também não temos o retorno de nenhum antigo cidadão icônico, como Larry ou Oldbag. Ou melhor... Temos Pearl Fey, que teve participação no ultimo caso e no DLC.


E já que eu citei o DLC... Agora é hora de puxar um pouco a orelha da senhora Capcom e suas já conhecidas atitudes preguiçosas e mercenárias.

Começamos com a atitude preguiçosa... Sim, estou falando do "vilão final" do jogo... Este é Phantom, a pessoa por trás da morte do melhor amigo de Apollo: Clay Terran e da mãe de Athena: Metis Cykes.

Antagonista esse que seu modelo 3D é o reflexo da preguiça da empresa... O personagem basicamente é o Bobby Fulbright que interagimos o jogo inteiro, mas não o verdadeiro Bobby, pois este morreu antes do inicio do jogo.

Basicamente Phantom é um espião que só usa disfarces, ele é capaz de tirar sua mascara atual para revelar outra máscara que... Tadah! É o modelo 3D da cabeça de todos os personagens que se encontram nesse jogo! Porque Ctrl+C+V é poder!


Para quem esperava uma revelação mais épica, isso acaba sendo bem broxante... Claro, como antagonista, ele não é tão broxante quanto Sota Sarushiro de Investigations 2... Cruzes... Aquilo sim foi o cumulo de antagonista ruim.

Agora falando sobre o lado mercenário da Capcom... É completamente compreensível, roupas alternativas para os advogados virem como DLC. É algo opcional e não compromete a história do jogo de nenhum modo.

Mas caramba! Colocar um caso como DLC?! E justamente o primeiro caso de Phoenix Wright após sua volta como advogado?! Isso aqui é uma peça importantíssima na história! Ao saber disso, da uma sensação de que você jogou um jogo incompleto, e que terá que pagar a mais para jogar realmente inteiro.


Mas apesar de tudo isso, é um jogo que vale a pena e se você é fã da franquia, não pode deixar esse jogo de fora e com certeza vai se divertir muito com ele.

Afinal, só o fato de pode jogar com Phoenix Wright novamente, já faz tudo valer a pena.


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E é isso pessoal, fica aqui a review. Lembrando que o jogo está disponível digitalmente na eShop do Nintendo 3DS. Ele também está disponível para aparelhos celulares iOS.

Até a próxima. \o

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