8 de mar. de 2014

Review: Mega Man X5

 E ai pessoal, essa é a primeira review de jogo que eu trago, decidi começar pelo meu jogo favorito que também foi meu primeiro jogo de PlayStation: Mega Man X5.

 Só avisando que eu não chego a ser imparcial e puxo muito o saco sim dos jogos que eu amo mas mesmo assim faço questão de destacar o porque do jogo ser tão bom para que você possa ter um pouco de interesse em correr atrás dele (Ou não).

Bom, vamos começar?

 Mega Man X5, Rockman X5 no Japão, foi lançado dia 30 de Novembro de 2000 nas terras nipônica e em 1 de Fevereiro de 2001 aqui no ocidente. Ele é um grande jogo que teria o papel de finalizar talvez umas das séries mais populares da franquia: A série X.

 Muitas vezes ocultado de forma injusta pela popularidade do X4 e X6, Mega Man X5 possui muita coisa para se aproveitar, visto que é um game feito para fechar com chave de ouro a série mostrando diversas referencias tanto da série X quanto da série clássica para já tocar no ponto nostalgico do jogador.



Músicas:

 O jogo é repleto de músicas incriveis que casa bem com cada situação do jogo. Quando iniciamos esse jogo já somos surpreendidos por um ótimo J-Rock cantado por Mosquito-Milk na versão Japonêsa do jogo, mas a versão americana também possui uma abertura surpreendente que já toca no ponto nostalgico do jogador, ela inicia com um remix da conhecida música Variable X do primeiro Mega Man X que marca a primeira "morte" de Zero dentro da história, e em seguida a música aumenta seu ritimo e de forma inesperada muda para um remix da Get Weapon de Mega Man 3 para NES.



 Se você acha que a referencia acaba por ai está muito enganado: Temos a fase aquática do Duff McWhalen onde a música é claramente a musica refeita da fase do Bubble Crab de Mega Man X2, a luta contra Shadow Devil é a musica refeita do Yellow Devil do primeiro Mega Man de NES, Rangda Bangda retorna do primeiro Mega Man X nesse jogo e sua musica de batalha é a mesma mas refeita. E reza a lenda que a música da ultima fase é uma remix da fase do Quick Man, um chefe de Mega Man 2.



 As músicas originais também são de otima qualidade, podemos destacar X VS. Zero que se tornou uma das músicas mais famosas da franquia sendo alvo de vários remix feitos por fãs. As musicas das fases introdutorias e da Zero Stage 1 e 2 também demonstram a arte que Naoto Tanaka, Naoya Kamisaka e Takuya Miyawaki souberam fazer dentro deste jogo.



Gráficos:

 Mega Man X5 possui belos graficos para a epoca, herdando de seu antecessor (X4) que posteriormente seria mantido em mais um jogo (X6). Um 32 Bits com cores bem vivas, fundos que te impressionam, vide a area final na batalha contra o Sigma, é o tipo de grafico que envelhece mais devagar com o tempo. Mesmo hoje em dia um jogador novato é capaz de jogar o Mega Man X5 graças aos graficos que são visualmente bem proximos de um 2D ainda usado em alguns portateis hoje em dia.



História:

 Sendo o jogo que carregaria o título de ultimo da série, ele tem uma grande responsabilidade de fechar com chave de ouro toda a história que levou até o momento.

Tentando mudar a imagem que deixou com X4, onde o foco quase todo esteve no Zero, X5 tenta se focar tanto no X quanto no Zero envolvendo seus passados, suas responsabilidades e uma luta inevitavel aguardade desde os primeiros jogos da série.



 O jogo te coloca em um clima já de desespero com a queda da colônia Eurasia, os Maverick Hunters precisam vencer os 8 Mavericks para conseguir as peças que faltam para o Canhão Enigma ou para o Foguete com a intenção de destruir a colônia. O jogo te da mais um aperto ao colocar uma contagem regressiva, limitando a quantidade de vezes que você pode desistir de tentar passar uma fase, deixando em suas mãos o destino da humanidade.



Os 8 Mavericks possuem um design legal, como de costume, baseado em certos animais. O interessante é que o nome americano dos 8 Mavericks é baseado na banda Guns N' Roses, mais uma referencia dentro do jogo, embora não seja uma referencia sobre algo dentro da franquia.



 E dentro desses 8 Mavericks, dois deles fazem referencias a jogos passados. O primeiro é Squid Adler, que se você enfrentar ele usando o X, ele vai falar sobre seu irmão Launch Octopus (Traduzido erroneamente na versão americana como Octopardo) que foi derrotado no passado por X no primeiro jogo da série.

 O segundo é The Skiver que fez parte da Repliforce e sobreviveu ao incidente em Mega Man X4, ele deixa isso claro se você enfrentar ele usando o Zero.


 Para piorar a sua situação, um Reploid Mercenário, Dynamo, irá interromper duas vezes a sua missão de vencer os 8 Mavericks para te atrapalhar na contagem, ou seja, você terá que ter 2 contagens garantidas para que não acabe falhando em sua missão com a interrupção de Dynamo.



 O que mais surpreende dentro da história é após você conseguir ou não evitar que a Eurasia se choque com o planeta, fazendo toda uma reviravolta e a história passa a se focar no passado do Zero e na inevitavel luta entre X e Zero, dependendo de como foi seu desempenho no jogo, você pode pegar a linha ruim onde Zero finalmente desperta sua verdadeira personalidade como um robô constuido pelo Dr. Wily ou a linha verdadeira onde X e Zero lutam após um desentedimento.



 O jogo também tras duas figuras bem conhecidas, como Shadow Devil, uma variação de Yellow Devil e Green Devil da série Classica. E Rangda Bangda um chefe que esteve presente no primeiro jogo da série X.

 A história do jogo é bem planejada, pecando apenas no fato de não usar mais cenas em animes e sim imagens estaticas, mas que pode ser ignorado com a história tão bem trabalhada, Keiji Inafune está de parabéns.



Jogabilidade:

 Esse é o ponto fraco de Mega Man X5, embora todo o estilo do jogo seja muito bom, herdando varias funções do X4 e ainda adicionando outras como a possibilidade de se abaixar e o Buster de Zero. O jogo acaba sendo o mais facil da trilogia PSX, e como dificuldade desafiadora é uma caracteristica que nasceu na franquia desde o primeiro Mega Man, é praticamente um pecado um jogo ser tão facil.



 O jogo contem 4 armaduras para X e a Black Armor para o Zero. A Fourth Armor é a armadura que X ganhou em Mega Man X4, ainda com seu buster poderoso e sua possibilidade de flutuar por um tempo, porem, ela não possui a Final Strike como consequência da batalha passada.

 A Falcon Armor da a X a habilidade de voar por tempo limitado e um ataque especial que atinge toda a área.
 Já a Gaea Armor aumenta a defesa e o ataque de X e o deixa invencível contra espinhos (O grande inimigo dos robôs na franquia em geral, sempre te aniquilando automaticamente), porem, X fica mais lento e o alcance de seus tiros é diminuído, ele também não pode usar armas de outros chefes. O golpe especial da  Gaea é uma poderosa esfera de energia que sai das mãos de X, porem, possui um alcance curto.

 Já a Ultimate Armor para X e a Black Armor para Zero retornam nesse jogo, diferente de X4 onde só podiam ser obtidos por código, a dupla de Maverick Hunters conseguem esses Upgrades canonicamente nesse jogo, afinal, ele seria o ultimo. A cápsula que possui esses Upgrades está escondida na Penúltima fase do jogo, que se você acabar passando direto, não poderá mais retornar para obtê-las.

A Ultimate Armor é uma versão mais aperfeiçoada da Fourth Armor, possui as mesmas habilidades mais um Nova Strike infinito, o ataque mais poderoso de X e provavelmente de toda a franquia.

 Já a Black Armor de Zero não é mais um simples recolor de seu Sprite como em X4, em X5 ele aumenta a defesa de Zero e o poder da Z-Saber.



 Existe uma má divisão de upgrades onde a maioria só pode ser pega com o X graças as habilidades especiais de suas armaduras. Como Zero não possui tais artefatos ele é incapaz de alcançar, tornando impossivel de fazer um Zero tão forte quando o X com todos os itens disponiveis.
 Pior ainda se você começa o jogo com o Zero, deixando ainda mais impossibilitado de conseguir os itens até mesmo com o X, visto que começando com o Zero, X perde a Fourth Armor, a única coisa inicialmente que pode dar a ele a habilidade de usar ataques carregados.





 Mesmo assim Mega Man X5 é capaz de prender pelo simples fato de ainda ser um jogo divertido perfeito para jogar junto dos amigos, revesando as fases para jogar ou até mesmo ter um bom jogo que você possa zerar no mesmo dia quando estiver a fim.

 E embora seja o mais fácil da trilogia PS1, ele ainda pode surpreender o jogador com vários apertos como a contagem da colônia Eurasia, perder a Fourth Armor ou o Z-Buster dependendo de quem você começar e o fato de que você não poderá jogar com Zero caso pegue a linha ruim da história.



 Se você estiver a fim de jogar um Mega Man mas não espera por uma dificuldade muito insana, mas que ainda assim se diverte muito com a franquia e é muito interessado na história e referencias, X5 é um jogo indispensável para você sendo um dos pontos mais importantes da série influenciando até mesmo jogos futuros como Mega Man Zero 4.


 E é isso pessoal, espero que tenham gostado desse jogo que fez parte da minha infância. Trarei mais Reviews sobre Mega Man X já que é simplesmente, a minha série favorita.
Até a próxima!



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